Rematrilha do Caraparú - Visitando uma cidade com R$ 10,00 reais no bolso e ainda voltando com troco!


Como mostra a figura acima, em um domingo de sol forte foi realizada pela E.A.R.T (http://eartaventura.wix.com/eart), a rematrilha do Caraparú, que se trata de um encontro entre praticantes de mountain bike, caiaques e stand up paddle. Acredito que este seja um dos eventos mais tradicionais dentre os ciclistas na região metropolitana de Belém, mas por algum imprevisto ou outro não pude participar desta trilha, até então; os relatos do tal percurso sempre chegavam aos meus ouvidos e cada vez mais ficava com mais e mais entusiasmo para encarar o desafio. A princípio são apenas 52 quilômetros de percurso, mas, o passeio tem duração de seis a oito horas!!! Pois apresenta alguns trechos bem técnicos ou "impedaláveis".
Bom...domingo de folga, vontade sempre tive e aguardava algum evento de média/longa distância para testar uma bolsa de guidão recém adquirida da ararauna; além do mais, é sempre bom tirar fotos, pedalar e conhecer lugares novos.

Local de encontro


O ponto de concentração escolhido para início (e final) do passeio foi o lugar chamado "balneário porto de minas", que nada mais é do que um terreno grande ao lado de um braço do rio caraparú, conta com um bar/restaurante construído nos fundos e estacionamento pago para os visitantes; a princípio parece bom, mas com alguns minutos dá para notar que local é muito mal cuidado, em especial no que diz respeito ao lixo jogado no rio (assim como todo "balneário" nas redondezas). Como resolvi ir de carro até Santa Isabel/PA, precisei pagar o estacionamento no valor de R$ 5,00 reais, por sorte havia uma notinha de R$ 10,00 no bolso.

Porto de minas

Rio Caraparú, ao fundo a PA-140


Porto de minas

Porto de minas

"esportistas aquáticos" começando o aquecimento


Bolsa de guidão Ararauna 9L


Como já citado, consegui uma bolsa de guidão, que estava muito a fim de testar. Para quem não sabe, a Ararauna (http://ararauna.esp.br) é uma das empresas nacionais com uma excelente reputação entre viajantes e conta com uma vasta gama de produtos voltados para cicloturismo; tive um interesse especial na bolsa de guidão de 9L, pois a mesma dizia ser "para fotógrafos", contando com forro acolchoado e tudo o mais para proteção de câmeras e outros eletrônicos; infelizmente só pude conhecer o produto por meio de fotos na internet, já que em Belém inexistem lojas do ramo, logo, foi uma compra meio que no escuro. Minhas considerações a respeito da bolsa:
  • Bem grande e espaçosa, o que pode ser bom e ruim, uma vez que maior pode significar mais peso, além de ocupar um espaço considerável no guidão, impossibilitando por exemplo a instalação de alguns acessórios;
  • É muito bem construída e não deixa falhas nas costuras, mas por ser fabricada em cordura 500 (material resistente), a bolsa é um pouco pesada e esquenta muito sob a ação direta do sol;
  • É uma bolsa BEM versátil; pode ser retirada da bicicleta e ser utilizada como uma bolsa de tira-colo; bolsa de mão; ou ainda, ser utilizada como pochete;
  • Os acessórios incluídos durante a compra são: Alça de tira-colo, capa de chuva, suporte anti-esmagamento de cabos e conduítes, porta-mapas e forro acolchoado.
  • O sistema de engate não deixa cabos de freio e câmbio amassados, porém, tem uma tendência muito grande para trepidar em terrenos irregulares, além de ficar fazendo um barulho irritante ora ou outra (metal móvel + metal sem lubrificação = rangido), resolvi grande parte do problema amarrando o inferior da bolsa ao quadro, utilizando um cabo elástico;
  • O que poderia melhorar o produto: Zipers voltados para o ciclista, possibilidade de acomodar uma caramanhola em uma das laterais, melhor ventilação ou saída de calor, sistema de engate com menos trepidação;
  • Meu veredito: Quem utiliza uma DSLR parruda do tipo cannon ou nikon, é um item muito interessante, mas para quem usa uma mirrorles ou compacta...é peso desnecessário.

Bolsa de 9L e acessórios: Alça tira-colo, capa de chuva, forro acolchoado

Porta-mapas
Detalhe do forro acolchoado
Espaço interno com o forro
Espaço interno sem o forro...acho que meu netbook caberia ai...
Bolsa com o porta-mapas, fixado por meio de velcros
Pochete
Novo visual da Antares com a bolsa de 9L

Bolsa "parruda"
Lanternas, GPS, ciclocomputador, celular no guidão? Nem pensar...

Início do passeio até o "curral" (0 km - 30 km)


Tradicionalmente ao início dos passeios organizados pela E.A.R.T, são dadas as instruções sobre o que encontraremos pela frente, quantas paradas para reidratação, tipo do terreno, frequência de rádio, GPS, precauções e afins.

Ao centro, dois caras que foram a base para desenvolver o ciclismo na região metropolitana de Belém, Guilherme Bahia (azul) e Fábio Araújo (amarelo), sou muito fã de vocês.

"Estouro da manada"

"Estouro da manada"

"Estouro da manada"

Terreno maravilhoso

Primeira descida

Chave de corrente...NUNCA saia de casa sem uma
Primeira de muitas, mas muitas subidas

Ao longo do caminho, é comum encontrar muitas propriedades rurais "sem viva alma"

Vez ou outra uma moto cruzava o caminho






"Single track" com muita formiga, muitos galhos e troncos no caminho, trecho bem técnico

Incontáveis furos de rios para atravessar
Uma ponte cortando o rio...mas...

...Uma ponte incompleta! RÁÁÁ!!! Pegadinha da prefeitura do malandro!



Em um calor pra mais dos 40º...um mergulho equivale a um gole de hidromel

É possível encontrar a beleza em todo canto...

Do "curral" até porto de minas (30 km - 52 km)


A partir do quilometro trinta, que é onde se chega na área demarcada como curral no GPS, não é possível encontrar mais comércios, pontos de hidratação ou habitantes, apenas bois e trechos tomados de areia, poucas árvores e muito sol.


Areia fofa...praticamente 10 quilômetros empurrando a bicicleta...por isso a quilometragem relativamente baixa e a longa duração do passeio

Paradas rápidas e frequentes em qualquer ponto com sombra marcaram o trecho "de areial"


Últimos quilômetros antes de chegar novamente ao asfalto

Após a entrada no curral o tempo todo ficava espraguejando a areia no caminho que me impedia de pedalar ou alguma subida que aparecia quando o cansaço já estava alto. Depois de passadas as dores, a sede e o cansaço, mal posso esperar pelo próximo passeio (já definido: Trilha do bolo 08.11.2015); acho que a superação vem assim mesmo, com esforço e um pouco de dor, mas depois tudo fica tranquilo. Lembrei ao lavar as roupas que haviam ainda R$ 5,00 reais em um dos bolsos...que não pude gastar, já que o dinheiro representa a vontade dos homens de negociar entre si e nos trechos visitados, não haviam comércios para transações.

Final do passeio, já em casa me perguntando se este calçado ainda vai servir para algo

Dados do celular/GPS



Comentários

  1. Emocionante...será que eu conseguiria???

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    1. Bem...este passeio é classificado como intermediário. Mas, começa a praticar com os grupos de pedal presentes pela cidade que você chegará bem longe.

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  2. Muito massa seu blog. E esse passeio muito interessante. Um dia tenho coragem e compro uma bike pra mim e começarei a padalar.

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    1. Opa! Obrigado tio. Será que vejo um ciclista nascendo? Tem gente que faz trilha com bike de aço, com poti, com barra circular...mais importante que uma bicicleta é pernas e vontade para pedalar.

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  3. Muito massa esse seu blog. Quem sabe um dia tenho coragem e compro uma bike e vou pedalar nessas trilhas.

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