Projeto Antares #2

Mosso Antares 650B equipada com relação 1x10

Depois de realizar a última etapa do Projeto Antares #1, ficou faltando por à prova a recém montada Mosso Antares e meus conhecimentos mecânicos, afinal só saberemos se um serviço foi bem feito depois de utilizá-lo, no meu caso precisaria realizar uma boa trilha ou um longo percurso de asfalto; então escolhi o evento realizado pela Sun&fun e ciclor no domingo 13.09.15 para servir como prova de fogo, já que encontraria terrenos mistos de asfalto, terra, seixo, lama e etc.

Trilha para iniciantes com vários pontos de corte ou nível intermediário caso fosse feita por completa.


Quando andava com a T-type, duas  bicicletas cabiam montadas de modo relativamente fácil, porém, a Antares é mais "gordinha", e isto atrapalhou bastante; por duas vezes durante a micro-viajem de Belém até Benfica, a bike mais externa se soltou e ficou pendurada apenas pelo cabo do cadeado!
A solução foi retirar a roda dianteira de uma das bikes para ganhar espaço, coisa que não gosto, pois desalinha os freios.

Transbike pequeno: o terror dos quadros!

A segunda dificuldade foi descobrir que a trilha havia sido "invadida" e se transformado em uma favela de uma considerável periculosidade...mesmo assim, não houveram casualidade pois haviam muitos participantes, inclusive contamos com algumas rondas policiais. Fazer o que, pobre aqui no Brasil além de não ter dignidade tem que ser burro também, uma verdadeira praga da civilização humana que com muitos ruídos conhece seus direito, mas esquece de seus deveres.


Avaliações!

Vamos ao veredito dos componentes da Antares.

1. Suspensão

A menos que você tenha os mesmos objetivos que eu (aprender mecânica) ou não tenha dinheiro sobrando (também meu caso =P), não aconselho a suspensão Spinner 300, por ser de mola já era muito esperado certo desempenho mediócre, porém, esta suspensão conseguiu ser pior que a original de fábrica da caloi T-type.

2. Passador e câmbio Zee FR

Se comportaram muito, muito, muito bem durante toda a trilha, muito mais que recomodadíssimos; agora é só esperar mais tempo e mais passeios, trilhas, corridas...e o que aparecer para atestar a durabilidade do conjunto.

Deu muita pena de sujar uma coisa tão linda *-*

3. Coroa Nottable

Assim como o câmbio traseiro e o passador, adorei e não me deixou na mão, também recomendo.

4. Corrente KMC Sl 10V

Esta me fez passar um aperreio muito desesperador. Como chegamos bem cedo ao ponto de encontro do evento, resolvemos desbravar o local ao mesmo tempo em que fazíamos aquecimento; em uma destas voltas, nos deparamos com uma espécie de barro muito denso, pesado e grudento; como resultado, nossas bikes ficaram impregnadas de barro muito antes de o evento ter início. Um baita bolo de barro caiu na corrente KMC e para meu desespero esta simplesmente parou de encaixar na coroa e passou a cair constantemente, em minha mente veio logo o mais óbvio, uma relação sem guia de corrente pairava na insegurança; depois de me acalmar, vi o problema: As correntes para 10v são muito finas e por isto, a KMC que estava usando ficou "entupida" com barro grosso; foi preciso desmontar a bendita corrente, lava-la com água e depois lubrificar, neste meio tempo todos já haviam partido, me deixado para traz.
Ressalvo que todas as correntes de 10V são mais finas que as de 7V ou 8V por exemplo, talvez o problema não tenha sido a marca/modelo, e sim a construção da corrente para se adaptar as 10 velocidades.

5. Relação 1x10 com 36 dentes na coroa

Das poucas pessoas que já se arriscaram nesta relação, a maioria diz que 32 dentes é a quantidade ideal para esta relação, porém, decidi utilizar 36. Durante a trilha, não tive nenhuma dificuldade em nenhum trecho devido aos "dentes extras"; gostei da bicicleta em decidas, encontrei um peso e giro compatíveis com minhas pernas; para as subidas, também não encontrei obstáculos intransponíveis, inclusive houveram muitas subidas leves porém longas, mas até nestas deu pra andar tranquilamente. Vale lembrar que o sistema shadow+ do Zee garantiu que a corrente não ficasse pulando durante trechos muito acidentados, e apesar do meu susto inicial, a corrente não caiu nenhuma outra vez.

6. Pneus kenda

Muito bons mesmo, valeram cada centavo, pois não senti o risco de queda em nenhum trecho, não senti muita resistência na rolagem e não atolei nenhuma vez em poças de água ou de lama.

7. Transbike

As especificações do modelo que tenho dizem que transporta até duas bicicletas, inclusive possui algumas braçadeiras de borracha para encaixar e proteger o quadro, mas quando os quadros são largos não há encaixe eficiente e acabam soltando com a trepidação do "excelente" asfalto brasileiro; além de que os braços de encaixe do meu transbike são curtos e isto interfere no espaçamento entre as bikes, resultado: arranhões =(

8. Cubos Novatec D041SB

Pesados e com estalos bem característicos da marca, porém tiveram rolagem infinitamente superior aos shimano de 7/8/9V que já pude utilizar. São mais bonitos que os concorrentes também.



Conclusões


A antares foi muito bem em testes preliminares e em sua primeira trilha já de nível intermediário, se tivesse que substituir algo do conjunto, sem dúvidas seria a suspensão; trocaria não por uma de ar que me obrigaria a levar uma bombinha de CO2 para eventuais emergências, talvez trocasse por uma de óleo ou mola mesmo, desde que fosse mais leve, de fácil manutenção e se possível, com custo menor que 1/3 da bicicleta.
Talvez, muito talvez mesmo trocaria também o selim, mas este é questão de gosto e devo admitir que minha bermuda acolchoada estará de aniversário de 5 anos em meados de novembro, infelizmente como sou magro, não tenho muito "acolchoamento" e dependo muito destes dois itens...rsrsrs
Quanto a relação, fiquei muito feliz em ter apostado e acertado com uma relação 1x10 simples.
Quanto ao transbike...bem, este não estava na lista de teste, mas precisa ser trocado também!

Registros do passeio






Não parece, mas isto é Benevides/PA
Segunda parada e ponto de corte para quem estivesse exausto demais

Pouca gente teve a destreza e a coragem de arriscar uma travessia pedalando
"Igarapé". Infelizmente os bons estão ficando cada vez mais raros

Sol infernal de uma hora da tarde na cabeça

Travessia de um rio com 2 metros de profundidade se equilibrando apenas em um tronco...esta parte me inspirou muito medo, pois não gostaria de mergulhar a camera nex-3





Depois de terminar o percurso, uma agradável surpresa, encontrei a Taize (ou tatá para os mais antigos), uma amiga dos tempos da brilhantina! Desculpem a cara de quem está bêbado, foi a falta de água =P


Até a próxima, já marcada para 03.10 e 04.10 de 2015, salvaterra/PA!

Foto meio antiga, mas já serve para divulgação

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