Ciclomobilidade Belém
Discussão sobre ciclomobilidade na (EX-)cidade das mangueiras:
Bom pessoal. Hoje (03.09.2015 - Belém/Pará) ocorreu a reunião na Semob, onde o Ciclomobilidade Belém solicitou diretamente com a superintendente Maísa Tobias. Estiveram presente pelo Ciclomobilidade o Jorge Farias, Alexandre Max e Thiago Sabino, da comissão de projetos e obras. Primeiramente, pedimos que a Semob apresentasse um panorama da questão referente a mobilidade Cicloviária de Belém para que depois pudéssemos apresentar as nossas demandas e questionamentos. A Maísa Tobias iniciou falando de como encontrou a cidade no início da sua gestão, e que procurou atuar por três frentes, que foram: a análise dos projetos existentes; a interligação desses projetos e a integração da malha cicloviária existente. No que refere-se ao primeiro item, a superintendente disse que os projetos haviam problemas técnicos que os tornavam inviáveis e precisavam ser reformulados. A partir de então a prefeitura precisaria dar prosseguimento aos projetos que haviam sido iniciados ainda na gestão do antigo prefeito, porém com problemas a serem resolvidos, entre elas as ciclofaixas da Mundurucus e José Bonifácio. A partir desse momento a Semob entendeu que precisaria integrar as malhas cicloviária existente e trabalhar também na expansão tentando avançar para a área posterior a Primeira Légua Patrimonial. Entretanto, de acordo com a responsável pela Semob, essa parte da cidade concentrou maiores investimentos até o momento, em função da sua maior densidade populacional, e em razão da população dos bairros da porção sul (Terra Firme, Guamá, Cremação, Jurunas) serem bairros que possuem grande demanda por estruturas 'ciclaveis'. Sendo assim, a Semob trabalhou expandindo a Mundurucus até a Teófilo Conduru e ligando esta até a João Paulo II e a Antônio Baena que se integrará a Nova Ciclovia da Duque. Até o Final do mês ela disse que avançará na extensão da Mundurucus até a direção do Portal, integrando o Jurunas. Ainda no Jurunas ela disse que quando o projeto da Bernardo Sayão estiver finalizado, toda a extensão da via contará com ciclovias dos dois lados da via, possibilitando ainda a integração da recém inaugurada Ciclovia da Timbiras. Além dessas obras a Semob ainda tem programado com a implantação dos Binários da Lomas-Angustura e Humaitá - Vileta, a implantação de mais duas ciclofaixas que serão localizadas na Angustura e Vileta, integrando as atuais ciclovias/ciclofaixas troncais. Sobre a Proposta de uma Ciclovia ou Ciclofaixa da Pedro Miranda, ela solicitou a coordenação de Mobilidade que fizesse a análise de viabilidade da caixa Central da via, que segundo informação deles, possui 7, 80 m. De acordo, com a coordenadoria responsável seria inviável porque pela ABNT as ciclovias Bi-direcionais devem ter 2,5 m e as faixas de veiculos devem ter largura mínima de 3 m cada . Outras avenidas serão reformulados em função do BRT. São elas: Augusto Montenegro (terá ciclovia nos dois sentidos da via); Pedro Álvares Cabral, no trecho da Júlio César até a Doca (terá ciclovia em função da obra do BRT- Centenario); a Rodovia Arthur Bernardes será transformada em Ciclovia com elevação de 20 cm em relação ao nível da via.
Além dessas, a Semob pretende integrar a ciclofaixa da Doca com a malha da cidade através da Domingos Matreiro/José Bonifácio /Duque. Porém, na audiência pública espera sugestões dos ciclistas.
Alternativas para a obra do BRT da Augusto Montenegro
Sobre esta obra a Semob informou que quem é a responsável e que está fiscalizando o consórcio BRT Belém (que está executando a obra) é a SEURB, mas de qualquer forma levará a questão da alternativa de desvio ao ciclista, sobretudo no trecho entre Vale da Bênção ao Mangueirão e Rua da Marinha ao Entrocamento.
Sugestões de Expansão da malha apresentado pelo Ciclomobilidade através através sugestões nas redes sociais.
Sobre as sugestões da expansão da ciclovia da João Paulo II (Do trecho da Dr. Freitas até a Rua Mariano) integrando com a Nova João Paulo II (obra que está sendo realizada pelo NGTM do Governo do Estado) a Semob ficou de analisar a viabilidade, assim também no trecho da Pedro Álvares Cabral que não serão contempladas com o BRT-Centenário (trechos do Entrocamento até a Passagem Dalva e da Tavares Bastos - Júlio César ).
A proposta de uma Ciclorota no Centro de Belém integrando do Ver-o-rio até o Portal, passando por vários pontos turísticos no percurso da Marechal Hermes - Castilho França - Siqueira Mendes - Dr Assis e Tamandaré, ficou para ser analisado pelos técnicos da área.
Bicicletas Compartilhadas
Em relação a questão das bicicletas compartilhadas a Superintendente disse que a mesma esbarrar em uma questão de segurança jurídica que o município não oferece aos interessados que queiram investir em equipamentos públicos e explorar o uso, assim a iniciativa privada não se mostra interesse em investir com a legislação Municipal em vigor.
Segundo Maísa Tobias, a PMB está elaborando uma lei denominada de Lei da PPP (parceria público privada) que dará garantias para a iniciativa privada investir na cidade, inclusive com as bicicletas compartilhadas.
Bicicletários e Paraciclos
Já sobre a implantação de bicicletários a superintendente disse que já está sendo elaborado um projeto para implantação de bicicletários na cidade é que serão feitos para que tenham uma identidade visual com a cidade.
Transparência dos Projetos
Sobre a transparência publica dos planos e projetos, eles reconhecem a questão do site e a dificuldade do acesso. Segundo a coordenação de comunicação da Semob, o problema está na Cimbesa e na Comus da Prefeitura, já que eles estão vinculados diretamente a este órgão da PMB. De qualquer forma, eles disseram que no prazo de 2 semanas resolveriam este problema e disponibilizariam os planos e projetos no site da semob.
Audiência Publica
Já no dia 22/09/2015 às 18h (em local ainda a definir) a Semob realizará uma audiência pública para ouvir dos ciclistas e demais interessados ideias para melhorar a malha cicloviária da cidade e expansão da mesma. Essas ideias servirão para a elaboração do plano de mobilidade cicloviária de Belém, que estará integrado ao Plano de Mobilidade de Belém. Portanto é imprescindível a participação de todos para colaborar e cobrar!!!
Sobre a manutenção das ciclovias
Além da ciclofaixa da Rodovia Arthur Bernardes que será restaurada, a Semob informou para nós que há projetos para a recuperação da ciclovia da Marquês de Herval para evitar os alagamentos.
Fiscalização das infrações em ciclofaixas e calçadas .
De acordo com a superintendência haverá uma intensificação das atividades de educação no trânsito, a começar na semana Nacional de Trânsito de 18 a 25 de setembro e os agentes nas bicicletas retornaram (20 agentes) e há uma ideia de implantação de radares nas vias que possuem altos índices de reclamações de infração na malha cicloviária, como na Arthur Bernardes e Mundurucus.
Esses assuntos que foram tratados nesta reunião. Esse espaço sempre será usado para informar os senhores amantes da magrela sobre os projetos e ações voltadas a mobilidade urbana cicloviária de nossa Belém e RMB.
A participação de todos é fundamental para tentarmos juntos mudar o quadro de nossa situação cicloviária no cotidiano. Compareçam a audiência pública e desde já formulam suas ideias. Divulguem o máximo que puderem para que mais ciclistas tenham sensibilidade na luta de uma causa que muito nos interessas.
Fico bastante feliz em averiguar o que se pretende fazer em Belém, porém, esqueceram de periferias MUITO importantes e bem populosas (bengui, icoaraci, tapanã, satélite por exemplo), ao meu ver, quem quiser que discorde, o "plano-projeto" de ciclofaixas em Belém não passa de dar um jeitinho para as bicicletas não ocuparem calçadas e pistas onde trafegam carros e com isto acalmar alguns ânimos, isto porque faz-se a ciclofaixa e lá ela fica "esquecida" e nunca fiscalizada. Ex: av. pedro alvares Cabral, rod. augusto Montenegro onde não vai ter BRT, av. Mundurucus, av. Independência e por ai vai. Outro ponto muito esquecido é segurança, pois tenho muitos colegas de trabalho que não saem de bicicleta pois serão roubados ou atropelados por veículos trafegando sobre a ciclofaixa, uma vez que a mesma não tem nem proteção contra invasão de veículos e menos ainda policiamento.
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