A difícil arte de deixar ir
Pois estavam dois monges para atravessar um rio de forte correnteza, quando encontraram na margem uma jovem que pedia auxílio. Ela estava com graves problemas a resolver do outro lado da margem e não sabia nadar. Temia ser levada pela correnteza forte.
Pediu aos monges que a ajudassem.
O primeiro monge se recusou dizendo que não poderia tocá-la. E atravessou o rio sozinho.
O primeiro monge se recusou dizendo que não poderia tocá-la. E atravessou o rio sozinho.
Ilustrações: Marie Cameron (in Contos Budistas) |
O segundo monge se apiedou e deixou que ela se apoiasse em seu braço. Assim chegaram até a outra margem.
Ilustrações: Marie Cameron (in Contos Budistas) |
A jovem agradeceu e se foi.
Os dois monges continuaram caminhando lado a lado. O primeiro, de cara fechada, nem mesmo olhava para seu companheiro. Até que este, finalmente, perguntou:
– Por que você está tão irritado?
– Por quê? Porque você tocou uma mulher, quebrou os votos monásticos. Você segurou a moça.
– Sim – disse o outro – mas eu a larguei em seguida. Você é quem continua a carregar aquela jovem.
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