Afiando a panturrilha na pedra de amolar de Corupá #8


Assim como o anterior (Uma volta pela vizinhança: Jaraguá do sul - Schroeder - Guaramirim #7), este pedal também teve o intuito de conhecer as redondezas ligadas a Jaraguá do sul. Pegando algumas dicas aqui e ali, acabei iniciando o trajeto no centro de Jaraguá do sul e partindo em direção a Corupá; com a finalidade de evitar ao máximo pedalar em rodovias muito movimentadas, acabei seguindo "por dentro", isso é, até Nereu Ramos e depois até as proximidades da vila Machado e dai em diante até a entrada de Corupá. Como não havia tempo hábil, preferi não adentrar a cidade propriamente dita, me contentando apenas em passear pela zona rural.

Trilhos nos acompanham até Corupá

O caminho durante a ida proporciona um pedal acompanhando as margens do rio e os trilhos do trem, e talvez por conta disso, este trecho já tem muita paisagem bonita; mas o caminho da volta... Este sim, é surpreendente, tanto pela dificuldade física quanto pela exuberância dos cenários.

O mais interessante de se notar é que para cada quilômetro rodado, há uma regressão no tempo, os carros vão diminuindo, as casas vão ficando mais antigas, a rede elétrica vai ficando esparsa e então chegamos a um ponto onde a sensação é de estarmos cem anos ou mais no passado.

Arquivo GPX da trilha



Strava

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O que esperar deste percurso


Até a saída da zona urbana de Jaraguá do sul há ciclo faixas e depois disto elas simplesmente desaparecem, mas, o fluxo de automóveis também cai drasticamente =)

Rumo a zona rural

Haverá um ponto onde o asfalto também termina e depois de pedalar mais um pouco, chega-se a Nereu Ramos, último bairro de Jaraguá do sul antes de Corupá. Esta localidade fica tão afastada que parece quase outra cidade; o ponto mais famoso é a igreja de nossa senhora do rosário. Não muito longe dali, também acaba Jaraguá do sul e começa Corupá.

Igreja de nossa senhora do rosário

Divisa entre Jaraguá do sul e Corupá

É necessário pedalar por um pequeno trecho da BR-280, algo em torno de 500 metros, observando com muita atenção, vemos um resquício de acostamento que mais lembra terra batida, tomando muito cuidado, dá pra fazer esse pedacinho sem maiores problemas.

BR280

Alguns quilômetros depois é necessário cruzar novamente a tal BR-280, o objetivo é entrar na estrada da pedra de amolar e doravante, começar a retornar para Jaraguá do sul. Perguntando para as poucas pessoas que ali passavam, nenhuma soube me responder a origem do nome "pedra de amolar", mas enfim... Aqui começa uma das estradas mais belas que já pedalei com minha antares.

Aqui começa a estrada da pedra de amolar

Dependendo do dia, hora e preparo, vale ressaltar que aqui fica um dos poucos pontos onde se pode comprar uma refeição, pois pelos próximos vinte quilômetros não haverá nada além de goiabas para saciar a fome e; diga-se de passagem, também não haverão borracharias, há pouquíssimas casas e até mesmo o sinal de celular desaparece; e não menos importante, tudo isso acompanhado de subidas bem pesadas.

Aqui também cruzamos pela primeira vez com o rio que nos acompanhará até a saída da zona rural.


Este rio vai ser um ótimo companheiro de trilha

Aqui começa a verdadeira diversão

Caminhos a perder de vista

colinas

Cachoeira do faxinal


Olha ai a liberdade de escolha

Casebres... vazios

Já faz um bom tempo desde que deixei de praticar fotografia, mas acho que deu para notar a beleza do cenário pedalado, vale cada metro de altimetria. Depois de muita subida e surpresas com as belíssimas paisagens, nos deparamos novamente com a divisa entre Corupá e Jaraguá do sul; daqui até o asfalto é só descida, melhor estar com freios e pneus em dia.

Depois desta placa começa uma descida alucinante


Altimetria no momento da descida

Ao final de tanta descida, há um belíssimo e refrescante rio e mais um ponto de apoio, o posto M7. Do posto em diante é só asfalto, mas sem ciclo faixa e sem acostamento, porém, o fluxo de veículos é muito baixo. Ufa! É só pedalar e logo chega-se novamente no centro de Jaraguá do sul.

Que tal um banho antes de seguir para o asfalto?

Não tem acostamento, mas nem por isso deixa de ser uma bela estrada

Centro de Jaraguá do sul

Pontos de apoio ou descanso


Dependendo do dia e da hora, podem haver dois pontos interessantes para quem curte parar e comer no meio de uma trilha. 
  • O restaurante prainha da Oma
Este fica localizado antes da subida da pedra de amolar, por volta do quilômetro vinte do mapa, porém, não abre todo dia e muito menos o dia todo, então verifique os horários com antecedência caso tenha desejo de realizar check-in no local.

Entrada do restaurante prainha da Oma. Perceba a ausência de telefone celular na propaganda, pergunto-me se é por falta de sinal ou se é administração de gente com mais idade

  • Posto M7 Garibaldi
O outro ponto de parada fica depois da descida da pedra de amolar, um posto de gasolina da rede M7, fica exatamente no quilômetro quarenta, depois dele, só haverá opção de comida somente dentro de Jaraguá do sul.

Posto M7 Garibaldi

Mais fotos do passeio


saindo da zona urbana

Mesmo nos confins das cidades, haverão ciclistas =)

Corupá logo ali

Final de asfalto! Para que manda de MTB é hora de comemorar

Igreja de nossa senhora do rosário

Última rua de Nereu Ramos


Morro azul

Seria o que estou pensando?

Sim! Uma cobra. Se era peçonhenta ou não? Fica ai a dúvida



Estrada da pedra de amolar




Depois desta curva vem algo deslumbrante, só indo lá para conferir




Cachoeira do faxinal

Uma queda d'agua aparentemente tranquila, mas logo ali vira uma cachoeira


Mais casebres vazios

Alegre-se: são quase 5 km de descidas



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